O marco zero da cidade de São Paulo, a Praça da Sé, recebe neste sábado (26) o ato “Primavera Democrática: Contra o golpe e a criminalização de direitos”, organizado pelo diretório estadual de São Paulo do Partido dos Trabalhadores, e apoiado pela Frente Todos Pela Democracia, formada por PT, PCdoB, PDT e PCO, com o objetivo de defender os partidos de esquerda, os movimentos sociais e as políticas públicas que transformaram o País nestes últimos doze anos.
Por volta das 14h, a manifestação reunia em torno de mil pessoas, entre líderes sindicais, membros de partidos e movimentos sociais, como o Movimento Nacional de Luta por Moradia, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), União Nacional dos Estudantes (UNE) e a Central Única dos Trabalhadores. Um dos assuntos mais destacados pelos que subiam ao palanque foi o ataque terrorista ao Instituto Lula no fim de julho, o qual foi classificado como o começo de uma batalha intolerante da oposição.
Para Amazonas, filho do ideólogo e formador do Partido Comunista do Brasil (PC do B), João Amazonas, Dilma e Lula estão sendo atacados diariamente em virtude das grande conquistas que atingiram nos últimos anos. “Estamos aqui reafirmando nosso compromisso com as conquistas atingidas desde a primeira eleição vencida pelo Partido dos Trabalhadores. A oposição, a elite, não se conforma com o avanço das classes pobres. Estamos vendo a intolerância desta elite com aquela covardia que fizeram com o Stédile”, disse, fazendo menção ao “protesto” contra o líder do MST no Aeroporto de Fortaleza, organizado por advogados nacionalistas.
Já Oswaldo Bezerra, também conhecido como Pipoka, coordenador-geral do Sindicato dos Químicos de São Paulo, falou sobre a necessidade da classe trabalhadora se organizar para fortalecer a democracia. “A luta dos trabalhadores é a luta pela democracia. É a luta contra àqueles que não aceitaram o resultado da eleição e estão tentando derrubar a presidenta. Precisamos ir para às ruas, tomar às praças, avenidas e indústrias, fortalecendo o trabalhador e lutando contra o golpe.”
Outra liderança que subiu ao palco foi Luiz Fernando Teixeira, deputado estadual pelo Partido dos Trabalhadores e irmão de Paulo Teixeira, forte liderança do PT na Câmara dos Deputados. “A elite não aguenta mais os avanços dos trabalhadores. Eles tentam tirar a presidente com um golpe pois sabem que se fizerem dez eleições, venceremos as dez. O que esta oposição, o que o Aécio está com medo, é de 2018, do Lula voltar. É isso que eles temem”, bradou o deputado.
O diretor dos Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo (APEOESP) também se pronunciou durante o ato. “Não vamos admitir que um segmento derrotado queira golpear as conquistas históricas. Quem está na rua é para garantir os direitos, e não caçá-los. Em Sâo Paulo, estamos enfrentando um governo fascista do PSDB, autoritário, que não dialoga com os professores, que prejudica os alunos. E não parou por aí, vamos sofrer mais um ataque. O governo de Alckmin quer agora cortar mais de um milhão de estudantes e realocá-los, para economizar dinheiro. Como o Estado mais rico do Brasil quer economizar com a educação?”, questionou.
Diversas atividades estão programadas para o decorrer do ato, como a venda de material partidário, livros e revistas e a apresentação de músicos, como o rapper GOG.
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