Presidenta da Croácia defende barreiras para impedir refugiados

A presidenta da Croácia, Kolinda Grabar-Kitarović - Foto: Reprodução/ telegraph.co.uk
A presidenta da Croácia, Kolinda Grabar-Kitarović – Foto: Reprodução/ telegraph.co.uk

De acordo com a edição desta quarta-feira do diário Jutarnji list a presidenta da Croácia, Kolinda Grabar-Kitarovic, defendeu a construção de barreiras na fronteira que impeçam a entrada ilegal de refugiados. “Julgo que, no futuro, será necessário algum muro ou um obstáculo físico”, afirmou a chefe de Estado, que também se opôs às cotas de distribuição decididas na União Europeia, rejeitadas também por outros países do Centro e Leste da Europa, como a Hungria e Eslováquia.

“Estou de acordo que as cotas não são a solução”, disse Kolinda, em oposição à maioria dos parlamentares croatas que é de centro-esquerda e aceitou a medida. Grabar-Kitarovic defendeu a posição da Hungria, criticada pelo governo de Zagreb, a sua atitude repressiva em relação aos refugiados e a construção de barreiras e muros nas fronteiras com a Sérvia e a Croácia para controlar a chegada. “A proteção das fronteiras é um direito de cada Estado”, comentou.

A presidenta destacou que, segundo os dados da Organização das Nações Unidas, existem 60 milhões de refugiados no mundo e assegurou que “nem a Croácia, nem a UE podem absorver tudo isso”. Toda essa polêmica se dá em meio a um período eleitoral no país, onde um embate se acirra entre sociais-democratas, que possuem a maioria no parlamento, e os conservadores liderados pela atual presidenta. A Croácia promove em 8 de novembro eleições legislativas, e as pesquisas mostram uma votação muito párea ntre os blocos do SPD (social-democrata) e os conservadores da União Democrática Croata (HDZ), ao qual pertence Kolinda. 

Cerca de 173 mil refugiados entraram na Croácia desde meados de setembro, quando a rota dos Balcãs utilizada pelas pessoas provenientes do Oriente Médio e da Ásia desviou para o país devido ao muro construído pela Hungria na fronteira com a Sérvia. Parte considerável dos refugiados está sendo encaminhada pelas autoridades croatas em direção à Hungria. Em seguida, eles cruzam a Áustria em direção à Alemanha, onde a maioria pretende pedir asilo.


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