O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta quinta-feira (15) um aumento de 30% no salário mínimo a partir de novembro. “Para proteger o salário, decidi decretar um aumento do salário mínimo nacional de 30%”, disse Maduro, durante um encontro com trabalhadores na Siderúrgica de Orinoco (Sidor), em Guyana, a 700 quilômetros a sudeste de Caracas.
“Devem ajustar-se, imediatamente, todas as tabelas da administração pública, das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas”, destacou, acrescentando que o aumento representa um investimento extraordinário. Com o novo aumento (o quarto em 2015), o salário mínimo dos venezuelanos sobe de 7.421,66 para 9.649 bolívares (de 1.033 para 1.343,49 euros), enquanto o subsídio de alimentação passa a ser 6.750 bolívares (939,84 euros).
Os venezuelanos queixam-se com frequência dos altos preços dos produtos, num país onde um café custa 70 bolívares (9,74 euros) e um quilo de carne bovina, 1.500 bolívares (208,85 euros). Em relação ao dólar, a taxa de referência oficial é de 6,30 bolívares por cada unidade da moeda norte-americana. A taxa é usada para a importação de produtos prioritários.
Para Maduro, o aumento vai “muito além” da inflação anual estimada, que “deverá ficar por volta de 80%”, apesar do Banco Central venezuelano não divulgar os dados oficiais sobre a inflação desde janeiro de 2015. Segundo o Fundo Monetário Internacional e a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), a inflação anual na Venezuela deverá ser superior a 180%.
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