Até a última segunda-feira (19), 876 agências bancárias e 25 mil trabalhadores estavam de braços cruzados em São Paulo e região metropolitana, segundo as contas do sindicato da categoria. Durante todo o período de greve, o autoatendimento funciona normalmente.
No 15º dia de greve, os bancários marcaram reunião com os bancos esta terça-feira (20) em São Paulo com o intuito de pôr fim à paralisação. A decisão foi tomada em assembleia organizada ontem, às 19h08. “Os bancos não fazem nova proposta há 21 dias. Ao invés de valorizar os principais responsáveis pelos seus lucros bilionários (R$ 36,3 bilhões em seis meses), tentam impedir o direito de greve dos trabalhadores com interditos proibitórios”, disse Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
No dia 25 de setembro os bancos apresentaram proposta de reajuste de 5,5% – que representa perda de 4% – mais abono pago uma só vez no valor R$ 2,5 mil. Os bancários querem mais. Pedem reajuste de 16%, sendo 5,6% de aumento real, já que inflação do período foi de 9,88%. “Esperamos que eles realmente venham para a mesa de negociação dispostos a reconhecer o valor dos bancários que sabem se dedicar no dia a dia das agências e departamentos.”
Confira todas as reivindicações dos bancários:
• Reajuste Salarial de 16%, sendo 5,6% de aumento real, com inflação de 9,88% (INPC)
• PLR – três salários mais R$ 7.246,82
• Piso – Salário mínimo do Dieese (R$ 3.299,66)
• Vales Alimentação, Refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá – Salário Mínimo Nacional (R$ 788);
• 14º salário
• Fim das metas abusivas e assédio moral – A categoria é submetida a uma pressão abusiva por cumprimento de metas, que tem provocado alto índice de adoecimento dos bancários
• Emprego – Fim das demissões, ampliação das contratações, combate às terceirizações e precarização das condições de trabalho
• Mais segurança nas agências bancárias
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