Os dois naufrágios que ocorreram nesta sexta-feira (30) na costa das ilhas gregas de Kalymnos e Rhodes, no Mar Egeu, provocaram pelo menos 22 mortes, entre os quais de 13 crianças. No total, 144 pessoas foram salvas, revelaram as autoridades. Esta madrugada, um barco de madeira, em que viajavam mais de 100 pessoas, afundou ao largo das ilhas de Kalymnos e Kalolimnos. Outra embarcação foi encontrada à deriva no Norte de Rhodes.
As operações de salvamento resgataram pelo menos 144 pessoas, mas estão sendo prejudicadas pelos fortes ventos no Mediterrâneo. Em Kalymnos, as autoridades recuperaram os corpos de 19 migrantes, entre os quais seis mulheres, oito crianças e dois bebês. Testemunhas citadas pelas autoridades gregas relataram que pelo menos 150 pessoas tentavam chegar à costa da ilha de Kalymnos, oriundos da Turquia num dos barcos. Foram salvas 138 pessoas, e as autoridades mantêm as buscas para encontrar desaparecidos.
Um outro barco naufragou ao largo de Rhodes, provocando a morte a três pessoas, uma mulher, uma criança e um bebê. Três pessoas estão desaparecidas, enquanto seis foram salvas.
Esses novos dramas juntam-se a uma série de naufrágios ocorridos quarta-feira ao largo de Lesbos e Samos, cujo balanço provisório de mortes chega a 17, entre as quais, 11 crianças.
Durante o mês de outubro, o número de mortos do êxodo para a Europa encontrados em águas gregas do Mar Egeu chegou a 68, a maioria formada por crianças, de acordo com um relatório elaborado pela agência de noticias France Presse (AFP) com base em dados fornecidos pela policia grega do porto.
Quatro barcos da guarda costeira grega, um navio da Frontex e um helicóptero Puma participam nas operações no Mar Egeu.
As críticas das associações humanitárias têm-se multiplicado à atuação da Frontex – Agencia Europeia de Gestão da Cooperação Operacional nas Fronteiras Externas dos Estados-Membros da União Europeia – acusada de falta de capacidade de resposta para salvar vidas.
Reagindo aos últimos acontecimentos, o Alto Comissário para os Refugiados exprimiu ontem (29) “profunda inquietação”, destacando que a piora das condições meteorológicas prejudica a situação dos migrantes.
O governo grego lançou um apelo à Europa para garantir a segurança dos refugiados, proporcionando-lhes acesso legal aos países da União Europeu.
Desde o início do ano, mais de 560 mil migrantes e refugiados chegaram à Grécia por mar, de um total de 700 mil que chegou à Europa pelo Mediterrâneo, segundo a organização internacional para as migrações (OIM). Mais de 3,2 mil pessoas morreram nessas travessias.
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