Já se sabia que o uso de produtos ligados às abelhas era antigo. Nas paredes de pirâmides egípcias, desenhos contavam cenas ligadas à apicultura. Também é comum os pesquisadores se depararem com representações de colmeias na arte rupestre da África Subsaariana.
Agora, uma investigação de pesquisadores britânicos está trazendo à tona as provas mais fortes de que os agricultores primitivos aprenderam a domesticar as abelhas e a explorar o mel e a cera.
O período Neolítico ou da Pedra Polida iniciou-se cerca de 10.000 a.C. e se prolongou até mais ou menos 5.000 a.C. Nessa fase, os humanos passaram a domesticar os animais e a cultivar alimentos.
Um time de cientistas da Universidade de Bristol, no Reino Unido, analisou resíduos de cera de abelha presentes em mais de 6 mil recipientes provenientes de cerca de 150 sítios arqueológicos espalhados pela Europa, Oriente Médio e norte da África. Eles acharam traços de cera de abelha na cerâmica neolítica do sul da Grã-Bretanha e da Dinamarca. Em outro sítio arqueológico importante na Turquia, pesquisadores acharam um pote com a cera de abelha mais antiga já encontrada.
O principal motivo para o uso do mel era o seu sabor doce. “Era um adoçante raro para os homens pré-históricos”, afirmou a química Mélanie Roffet-Salque, que em parceria com Richard Evershed liderou os estudos publicados na revista científica Nature. A cera também era utilizada por motivos ritualísticos, cosméticos, medicinais ou tecnológicos.
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