O Conselho de Ministros da Alemanha aprovou nesta terça-feira (1º) a intervenção de suas Forças Armadas na luta contra o grupo extremista Estado Islâmico na Síria, numa missão que poderá mobilizar até 1,2 mil militares, disse uma fonte governamental.
Segundo a agência francesa AFP, Berlim tinha anunciado, na sequência dos atentados terroristas de Paris do dia 13 de novembro, que deslocaria uma fragata (navio de guerra) e aviões de reconhecimento e de reabastecimento para apoiar as forças da coligação internacional que bombardeiam alvos dos jihadistas na Síria. A decisão terá de ser aprovada ainda pelo Parlamento Alemão.
De acordo com o Wall Street Journal, a Alemanha já estava ajudando militarmente e treinando guerrilheiros curdos no Iraque, mas agora o plano é mais ousado. O governo alemão pretende angariar forças e organizar estratégias para combater os jihadistas na Síria. A adesão germânica à coalizão que combate o Estado Islâmico vem à tona após o presidente francês, François Hollande, realizar uma grande viagem internacional para convencer as nações a participarem do conflito.
O líder visitou os dois lados da moeda no conflito: conversou com Obama e David Cameron, líderes dos Estados Unidos e Reino Unido, respectivamente, e com Vladimir Putin, líder russo que, mesmo lutando contra o Estado Islâmico, vem entrando em rota de coalização geopolítica com o ocidente.
Apesar de uma necessidade do Parlamento aprovar as medidas militares, a possibilidade de isso não acontecer é muito pequena, já que o bloco de Angela Merkel detém ampla maioria dos votos. Mesmo assim, políticos membros de partidos de esquerda e os famosos “verdes” demonstraram receio com a aprovação da inserção militar alemã.
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