Como havia ameaçado, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, aceitou a abertura do processo de impeachment contra a presidenta Dilma. A decisão foi um gesto de retaliação após o PT anunciar que votaria contra o parlamentar no Conselho de Ética.
Para o deputado federal Wadih Damous (PT-RJ), não há possibilidade de proceder um pedido de impeachment nesse momento no País. “A lei regula de modo insuficiente. É muito antiga, é de 1950. A Constituição é de 1988. Entraremos com outras medidas judiciais no STF porque não há um rito suficiente definido para promover o impeachment”.
Damous também diz que Cunha usa a abertura do processo como moeda de troca com a oposição. “Cunha, na sua busca sôfrega para se livrar do processo no Conselho de Ética, coopta a oposição a buscar votos no Conselho contra a representação e em troca dá a abertura do processo de impeachment. Esse processo aparentemente será presidido por alguém que não tem qualquer condição moral e ética de presidi-lo, assim como de presidir a Câmara dos Deputados. Não tenho a menor dúvida de que o povo brasileiro não aceitará isso. Será barrada aqui no Congresso, nas portas do STF e nas ruas. A democracia não pode se colocar de joelho diante de chantagem política”.
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