Maioria da oposição na Venezuela será suficiente para destituir vice-presidente

Presidente venezuelano, Nicolás Maduro chamou chavistas para refletir a derrota - Foto: EBC
Presidente venezuelano, Nicolás Maduro chamou chavistas para refletir a derrota – Foto: EBC

A oposição venezuelana, o MUD (Mesa da Unidade Democrática), conquistou a maioria qualificada de três quintos nas eleições parlamentares de domingo (6). Isso significa que a oposição poderá votar uma moção de censura contra os ministros de Estado ou o vice-presidente, podendo levar à sua destituição. 

A MUD elegeu 110 dos 167 deputados que compõem a Assembleia Nacional. O Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), do presidente Nicolás Maduro e fundado pelo ex-presidente Hugo Chávez, obteve 55 assentos, faltando definir dois lugares.

Se a MUD conquistar ainda os dois que faltam apurar, ficará com maioria qualificada de dois terços (112), com a qual poderá convocar uma Assembleia Constituinte ou destituir juízes do Supremo Tribunal de Justiça.

A oposição conquistou a maioria parlamentar pela primeira vez em 16 anos, beneficiado pelo descontentamento popular na Venezuela, com uma crise econômica provocada pela queda dos preços do petróleo.

Maduro

Diante do revez, Maduro convocou os militantes do chavismo (seguidores do ex-presidente Hugo Chávez) para uma “grande jornada de debate” e de diálogo, com o objetivo de analisar a derrota. Em pronunciamento no Palácio de Miraflores, Maduro falou de um “debate integral, para fortalecer a revolução e procurar soluções para as questões do país”, um debate para “fazer mais revolução”.

O chefe de Estado venezuelano fez o apelo, em companhia dos ministros e ex-candidatos às eleições parlamentares. Ele disse que o debate não é para o chavismo se “autoflagelar”, como “quer a embaixada gringa [norte-americana] e o imperialismo”, mas para “reconstruir nova maioria revolucionária”. Acrescentou que será feita “uma grande jornada de debate, de consulta e de elaboração da estratégia de ação” face à nova etapa que começa na revolução bolivariana.

*Com Agência Brasil


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