Pequim emitiu nesta sexta-feira (18), pela segunda vez na história da cidade, o alerta vermelho (o mais alto) por poluição atmosférica, devido aos altos níveis de contaminação do ar que estão previstos para o fim de semana. O alerta vai vigorar entre as 7h deste sábado e as 12h de terça-feira (22).
A China – ao lado dos Estados Unidos – é o país mais poluidor do mundo. As duas nações emitem sozinhas 45% dos gases que provocam o efeito estufa. De acordo com um estudo realizado pela Berkeley Earth e publicado pela “Plos One” revelou que 1,6 milhão de pessoas morrem por ano na China por causa da poluição e de seus efeitos, o que dá 4,4 mil mortes por dia.
Os serviços meteorológicos já tinham anunciado, nessa quinta-feira, que o Norte da China sofrerá, a partir de sábado, a pior onda de poluição atmosférica do ano.
A densidade das partículas PM 2.5 – as mais finas e suscetíveis de se infiltrarem nos pulmões – deverá superar os níveis registrados entre os dias 6 e 9 de dezembro, período em que Pequim decretou pela primeira vez o alerta vermelho.
Segundo as previsões, o indicador deverá superar os 500 microgramas por metro cúbico na capital chinesa. A Organização Mundial da Saúde recomenda um máximo de 25 microgramas para que o ar seja considerado saudável.
A visibilidade em Pequim deverá ficar reduzida a menos de um quilômetro.
As creches, as escolas de ensino básico e médio foram aconselhados pelo governo a suspender as aulas e as empresas a adotar “um horário de trabalho flexível”.
As fábricas e estaleiros mais poluentes vão reduzir ou interromper a produção. Os automóveis circularão alternadamente, de acordo com o último número da matrícula: um dia par, outro ímpar. A população foi aconselhada a evitar atividades ao ar livre.
Pequim emitiu pela primeira vez, no último dia 7, o alerta vermelho, que durou até o meio-dia do dia 10, quando uma frente fria dissipou parte do ar poluído na cidade.
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