O governo Dilma Rousseff tem algumas cartas na manga para tentar evitar que o julgamento das chamadas ‘pedaladas fiscais’ pelo TCU (Tribunal de Contas da União) acabe se transformando em argumento jurídico para o impeachment.
O julgamento decisivo das pedalas deve acontecer logo após o recesso parlamentar, em fevereiro, ao mesmo tempo em que a Câmara dos Deputados deve julgar o processo de impedimento da presidenta.
Para não dar munição aos opositores, o governo tem seus trunfos. Segundo o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, o pagamento de todas as dívidas do governo com o BNDES, Banco do Brasil, Caixa e FGTS, feito em dezembro, “demonstra” que o governo vem seguindo as orientações do TCU .
O Planalto também se vale do parecer favorável às contas do governo em relatório do senador Acir Gurgacz (PDT-RO) na Comissão Mista do Orçamento. Ao contrário do TCU, que recomentou a rejeição das contas, o pedetista recomendou ao Congresso justamente o contrário.
O governo torce pelas condenações do ex-secretários do Tesouro, Arno Augustin, seu braço direito, Marcus Aucélio e o ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega. A decisão de cobrar gastos sociais com dinheiro de bancos estatais teria partido desse grupo.
Deixe um comentário