As notícias que chegam da China são de preocupar seriamente o mundo todo. Recentemente, o gingante asiático desvalorizou sua moeda, o Yuan, despencando bolsas, comprometendo o crescimento do país e acendendo o alerta em diversas regiões do mundo, como no Brasil: afinal, o que pode acontecer ao País se o motor chinês de fato emperrar?
A China, cuja economia já vinha desacelerando no ano passado, vai divulgar nos próximos dias se conseguiu atingiu a meta de crescer 7% em 2015. Poucos acreditam nisso. A tensão é tamanha que a Bolsa de Valores local precisou fechar o expediente antes da hora por duas vezes nesta semana.
O Brasil deve ser um dos mais afetados, caso essa desaceleração se intensifique. É que a China é o maior comprador de insumos e de alimentos do mundo. Espera-se que uma expansão econômica menor desvalorize o valor desses insumos, as chamadas commodities: 70% das exportações brasileiras para a China são soja e minério de ferro.
A desvalorização da moeda também pode aumentar a competitividade chinesa no mercado mundial, uma vez que seus produtos estarão mais baratos, o que deve aumentar as exportações para o resto do mundo.
Por enquanto quem sofre são as Bolsas. O Ibovespa fechou com recuo de 6,2% na quinta-feira (7), assim como a Dow Jones (EUA), que despenou 5,2%, e a de DAX (Frankfurt): outros -7,1%.
Para o estrategista da consultoria Pentágono Asset, Marcelo Ribeiro, a moeda chinesa pode perder até 50% do seu valor, arrastando junto a maioria das moedas emergentes. “A verdadeira crise brasileira virá quando a China desvalorizar para valer o Yuan”, afirmou ao jornal Folha de S.Paulo.
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