Embora os gastos com alimentação nos presidios de São Paulo cheguem à ordem de R$ 200 milhões por ano, suspeitas de irregularidade envolvendo a contratação das empresas fornecedoras está sob investigação. Além de servir refeições de baixíssima qualidade, as “quentinhas” podem ter sido superfaturadas.
Quem notou a irregularidade foi a própria Secretaria de Administração Penitenciária, que pediu investigação. Refeições com 100 gramas de carne bovina eram entregues com 63 gramas, por exemplo. Mas na unidade de Vila Independência, zona sul da capital, a denúncia é mais grave: as marmitas vinham recheadas com pregos e restos de frango, como a cabeça, informa o jornal Folha de S.Paulo.
No Centro de Detenção de Belém 1, o Ministério Público investiga o superfaturamento da comida no que os promotores chamam de “máfia da merenda”.
O cardápio básico nos presídios paulistas obriga o fornecimento de três refeições por dia. Ao Tribunal de Contas do Estado, o conselheiro Antônio Roque Citadini chegou a dizer que os detentos são mais do que bem tratados na cadeia. “Os presos estão com problemas por estarem muito gordos de tanto que estão comendo.”
Deixe um comentário