O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta quarta-feira (13) que a repressão policial à manifestação contra o aumento da passagem em São Paulo são preocupantes e não combinam com o perfil democrático da cidade de São Paulo, que em 2015 viu uma série de protestos sem qualquer intervenção policial.
Ontem, 13 pessoas foram detidas e cerca de 20 ficaram feridas pela PM antes mesmo que a passeata convocada pelo Movimento Passe Livre (MPL) iniciasse. A repressão foi tamanha, que um estudante teve a mão quebrada e outro perdeu três dentes.
De acordo com o prefeito, ele enxergou a reação policial “com muita preocupação”. “As cenas são muito incompatíveis com a cidade de São Paulo e que a gente deseja”, afirmou. “São Paulo é palco de manifestações, este ano passado tivemos várias com 40 mil pessoas, 30 mil pessoas, sem incidentes. Nós queremos que a nossa cidade continue sendo um palco de democracia onde as pessoas possam se manifestar livremente.”
Haddad telefonou para o governador, Geraldo Alckmin (PSDB) – chefe da polícia, e pediu para ele “se associar à prefeitura” em um pedido para que o Ministério Público “promova uma mediação necessária para repelir toda e qualquer violência entre Polícia Militar e manifestantes”, disse o prefeito.
Alckmin teria aceitado o pedido. “Ele disse que concorda com esta orientação e ficou de fazer chegar ao Ministério Público e ao procurador-geral o pedido também do Estado para que eles intervenham e nós possamos voltar à normalidade”.
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