“Lauf Weg!” (fujam), gritou a guia de turismo Sibel Satiroglu para uma grupo de mais de 20 pessoas que visitava o milenar Obelisco de Teodósio, na manhã da última terça-feira (12), em Istambul. O alerta da profissional para que os turistas deixassem imediatamente o local conseguiu salvar mais de 20 pessoas do atentado cometido pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI, ex-Isis). Se a guia não tivesse dado o alerta, a bomba detonada pelo árabe de origem síria Nabil Fadli, de 28 anos, poderia ter causado uma tragédia ainda maior e elevado o número de dez turistas alemães mortos.
“Eu ouvi um ligeiro ‘click’ enquanto estava falando para um grupo de 20 a 25 pessoas. Logo percebi que não era um barulho normal e olhei em volta. Vi um jovem com cavanhaque, que parecia um turco, que puxava uma corda”, relatou a Satiroglu.
“Naquele momento, entendi que estava para acontecer algo terrível e gritei: ‘fujam’. Comecei a correr. A bomba explodiu imediatamente”, disse a guia de turismo, que se feriu na perna e perdeu a audição.
Depois de passar 48 horas internada no hospital, Satiroglu quis participar de uma homenagem às vítimas. O relato da guia, que é conhecida em Istambul, permitiu que as autoridades reconstituíssem os detalhes do atentados. O primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, anunciou que cinco pessoas já foram presas sob suspeita de ligação com o ataque.
Além dos dez alemães mortos, outras 15 pessoas ficaram feridas.
Em resposta, o governo da Turquia intensificou os bombardeios contra alvos do Estado Islâmico na Síria e no Iraque, matando mais de 20 jihadistas nas últimas 48 horas.
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