Morreu ontem, domingo (17), o voluntário que teve morte cerebral diagnosticada pouco após iniciar participação em um teste clínico de um novo remédio no oeste de França. Ele chegou a ser hospitalizado na cidade de Rennes após passar mal, mas não sobreviveu.
O teste envolveria um produto para tratar doenças neurodegenerativas. O Ministério da Saúde da França não confirmou qual substância foi utilizada. Após a ocorrência, o teste foi interrompido.
Eles permanecem em condições estáveis e estão sob observação, sendo que quatro deles apresentaram problemas neurológicos e correm o risco de danos permanentes.
Autoridades ainda disseram que os pacientes tinham boas condições de saúde até tomarem a medicação por via oral. Mais de 80 voluntários participaram do teste, conduzido pelo centro de pesquisa francês Biotrial a pedido da empresa farmacêutica portuguesa Bial. Todas as vítimas são homens e têm entre 28 e 49 anos A equipe do hospital contatou imediatamente as outras pessoas que testaram a droga e elas estão sendo submetidas a exames. Mais anormalidades clínicas ainda não foram encontradas.
Autoridades investigam o episódio e a Justiça abriu um inquérito sobre o caso.
SEIS PESSOAS ESTÃO HOSPITALIZADAS APÓS ENSAIO CLÍNICO NA FRANÇA; UMA EM COMA
Saúde!Brasileiros
Um paciente está em coma e outras cinco pessoas estão hospitalizadas após ensaio clínico conduzido na França com uma droga experimental, informam os jornais franceses Le Monde eLibération.
Ao contrário do que foi inicialmente divulgado, a droga não é derivada da cannabis. A molécula é a BIA 10-2474, que seria destinada ao tratamento de doenças neurodegenerativas como Parkinson.
A confusão aconteceu porque o composto atuaria nos receptores canabinóides dentro do corpo humano – onde a maconha também atua- mas é uma droga sintética, que não vem da planta.
Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (15) pelo Ministério da Saúde francês. A hospitalização dos voluntários ocorreu entre quarta (13) e quinta (14). Todos os pacientes estão internados no Hospital Universitário de Rennes “em estado neurológico preocupante” segundo Marisol Touraine, ministra da saúde da França.
Segundo o jornal Le Monde, o ensaio clínico envolvia 8 pessoas. Seis receberam a droga e o restante recebeu placebo (pílula sem efeito). Todos são homens com idade entre 28 a 49 anos.
Ainda há poucas informações. O que se sabe é que o desenvolvimento da droga foi feita pelo laboratório português Bial, e que o francês Biotrial comandava os testes clínicos. O estudo era de fase 1.
O Biotrial é um laboratório conhecido internacionalmente -com sede na França. Realiza diversos testes clínicos desde 1989. Até a publicação desse texto, não havia qualquer menção ao ocorridono site oficial da instituição.
Um ensaio clínico possui três fases. A primeira é realizada em voluntários saudáveis com o objetivo de verificar se há qualquer malefício ao corpo humano e se a droga é tolerada. Complicações dessa gravidade são raras nesse período.
O Ministério Público Francês vai acompanhar o caso com uma investigação.
Deixe um comentário