Dois dos principais alvos da oposição ao PT, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-ministro José Dirceu (Casa Civil), foram isentados dos crimes sobre os quais são acusados no âmbito da Operação Lava Jato. Enquanto fontes negam que um triplex no Guarujá tenha sido reservado ilegalmente a Lula, lobista delator isentou Dirceu da acusação de que ele aparelhou uma diretoria da Petrobras.
A Polícia Federal iniciou nesta quarta-feira (27) a 22ª etapa da Operação, apelidade de Triplo X. Dessa vez o alvo é Lula: a polícia investiga se a empreiteira OAS assumiu ilegalmente empreendimentos do Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo) e reservou um apartamento ao ex-presidente em um dos prédios no Guarujá. Sem entrar em muitos detalhes, reportagem de hoje de O Globo afirmam que fontes de dentro da Lava Jato garantiram que a investida contra o ex-presidente será inócua porque “o apartamento que seria reservado a Lula não é alvo desta investigação”.
Em outro episódio, quem acabou isento foi Dirceu em depoimento ao lobista Fernando Moura, que teria saído da cadeia prometendo revelar tudo sobre a atuação do ex-ministro na diretoria de Serviços da Petrobras.
Diante do juiz Sergio Moro, no entanto, Moura não revelou nenhuma informação ilegal sobre Dirceu e o isentou de ter indicado Renato Duque para um dos cargos na Petrobras. Duque é acusado de cuidar da propina que o PT recebia na Petrobras. O procurador Carlos Fernando dos Santos Lima disse que Moro voltará a ser intimado para explicar se houve contradições no que disse. “Se mentiu, o acordo de colaboração dele pode ser anulado.”
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