O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, bateu o pé e decidiu comprar a briga com o partido Republicano, que pretende frustar a intenção do presidente democrata de indicar o substituto do magistrado conservador Antonin Scalia, morto no último sábado (13) aos 79 anos.
Nomeado para a Corte em 1986 pelo então presidente Ronald Reagan, Scalia foi encontrado morto em casa, tudo indica que por causas naturais. O líder da maioria republicana na Câmara Alta, Mitch McConnell, ameaçou vetar qualquer substituto proposto por Obama, ao afirmar que o próximo presidente é quem deve escolher o novo juiz. Dessa forma, o lugar de Scalia ficaria vago até que Obama deixasse a Casa Branca, em 11 meses. “Os norte-americanos devem ter voz na seleção do novo juiz”, afirmou McConnell em comunicado.
Obama respondeu em seguida. Disse ter a intenção de cumprir com sua “obrigação constitucional de nomear um sucessor em tempo adequado”. “Haverá muito tempo para o fazer e para que o Senado cumpra a sua responsabilidade”, disse o presidente norte-americano no domingo (14). “Estas são responsabilidades que encaro com muita seriedade, como estou certo que todos o fazem. São responsabilidades maiores do que qualquer partido”, acrescentou.
A Suprema Corte dos Estados Unidos é formada por nove juízes, com cargos vitalícios. Até agora, havia cinco conservadores e quatro progressistas. Uma nova nomeação feita por Obama – que já designou duas juízas – poderia inclinar a balança a favor dos progressistas.
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