O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) adiou os depoimentos do ex-presidente Luiz Inácio lula da Silva e de sua mulher, Marisa Letícia, marcados para esta quarta-feira (17) na Barra-Funda, zona oeste de São Paulo. Eles são suspeitos de ocultar a propriedade de um triplex no litoral paulista.
A decisão se deveu ao acolhimento de uma liminar pedida pelo deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP), que acusa o promotor Cassio Roberto Conserino de transgredir a Lei Orgânica Nacional do Ministério Público e a Lei Orgânica do Ministério Público estadual ao revelar à revista Veja que pretendia denunciar Lula e Marisa por ocultação de propriedade mesmo antes de se pronunciar oficialmente no processo.
A liminar também afirma que o promotor violou regras de distribuição de processo ao enviá-lo para a 2ª Promotoria Criminal da Capital, quando deveria ter entregue na 1ª Promotoria. Com a decisão, o Conselho vai se reunir para deliberar sobre a argumentação de Teixeira. Só então uma nova data para ouvi-los será marcada.
O depoimento do ex-presidente estava marcado para 11h e de Marisa para as 13h. Eles são alvo de inquérito que apura empreendimentos da Cooperativa Habitacional dos Bancários do Estado de São Paulo (Bancoop). Um deles é o condomínio Solaris, no Guarujá, investigado na 22ª fase da Lava Jato.
Para o promotor, houve indícios de que houve tentativa de esconder a identidade do dono do triplex 164 A, cujo dono seria Lula. Em nota, o Instituto Lula afirma que o ex-presidente “nunca ocultou patrimônio nem agiu fora da lei, antes, durante ou depois da Presidência da República”.
Deixe um comentário