Casos de dengue crescem 144% no primeiro mês deste ano

Acúmulo de água é propício para a proliferação do mosquito. Foto: Marcelo Camargo/Fotos Públicas (13/02/2016)
Acúmulo de água é propício para a proliferação do mosquito. Foto: Marcelo Camargo/Fotos Públicas (13/02/2016)

A Prefeitura de São Paulo divulgou nesta terça-feira (22) número atuais sobre a dengue na cidade. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, só em janeiro deste ano foram, registrado 5.877 casos de dengue na cidade , i que representa um aumento de 144% em relação às 2.406 notificações registradas no mesmo período do ano passado. Até o momento, dos casos informados em 2016, 827 foram confirmados.

“O cenário que a prefeitura trabalha, de que devemos ter mais casos neste ano, vai se confirmando”, disse Alexandre Padilha, secretário da Saúde.

De acordo com o relatório, a zona leste da capital concentra a maior parte dos casos, especialmente nos bairros  Lajeado, na região de Guaianases, e Cangaíba, na região da Penha. Outras regiões que despertam preocupação são Parque do Carmo e Itaquera, além do Jardim São Luiz e do Sacomã, na zona sul. Os bairros mais críticos devem receber tendas para fazer atendimento de casos suspeitos de dengue partir desta quarta-feira (24).

Na avaliação do secretário, o expressivo aumento no número de casos na zona leste se deve à crise hídrica que atingiu o Sistema Alto Tietê, que abastece essa parte da cidade. Com a falta de fornecimento, moradores foram obrigados a armazenar água em suas casas, criando um ambiente propício para o surgimento de focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, além de zika, chikungunya e, possivelmente, microcefalia.

Padilha atribuiu o aumento também às altas temperaturas e às más condições de saneamento e moradia de algumas áreas, que também facilitam a proliferação dos focos.

Luta eficaz
O trabalho da prefeitura na luta contra o mosquito apresentou bons resultados. O secretário informou que as ações da prefeitura no combate aos focos tem se mostrado eficiente por conta do plano de ação, já que os agentes municipais vistoriam todos os imóveis em um raio de 300 metros de cada caso notificado, é o chamado bloqueio. Só neste ano, os agentes visitaram 382 mil imóveis.

Apesar do número de casos já superar as ocorrências no mesmo período do ano passado, Padilha lembrou que o número de infectados deve aumentar daqui para frente. “O período epidêmico para a dengue na cidade de São Paulo é dos meses de março, abril e maio”, alertou.

Zika e chikungunya
Além da dengue, foram notificados em janeiro 236 casos de chikungunya. Foram notificados ainda 47 casos de zika, sendo que quatro em residentes da capital. Não foi possível determinar o local da contaminação.

O vírus Zika foi associado a seis casos de microcefalia na capital paulista, neste ano. O contágio de todos os afetados, porém, teria ocorrido em outras cidades – três na Região Nordeste e três em outros municípios do Estado de São Paulo.


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