Ainda não encontrei o personal trainer de quem falei ontem, tentarei os classificados de domingo. Em compensação, ganhei um DVD de Madonna que eu não tinha. Trata-se de I’m Going To Tell You a Secret, de 2006, mostra toda a turnê “Re-Invention”, incluindo os bastidores, etc… A família ainda era formada apenas por ela, Guy Ritchie, e os filhos, Lourdes Maria e Rocco. Os adotivos vieram depois. Já se via, ali, alguns indícios de um casamento nota 5.32 (cinco ponto trinta e dois), que iria fatalmente acabar como acabou. Ritchie é um homão, solta testosterona pelos ouvidos, chega a lutar jiu-jitsu com um dos Gracie, mas parecia esquecer-se de que a esposa era de Leão, e acumulava infrações zodíaco-conjugais suficientes para a cadeira elétrica – até mentindo em um telefonema ela o flagra. Os bailarinos são divertidíssimos, parece uma turma de high school, da qual Madonna é a professora. Severa, diga-se. Ela os leva para ouvir as maravilhosas irmãs Labèque em Paris, mas nunca cai na farra com eles.
O que eu não imaginava, é que o filme fosse uma lição de kabbalah tão clara. De início ao fim, é uma aula sobre nós e o mundo, pela ótica dos cabalistas. A primeira cena é de arrasar: um clipe de Madonna lendo uma passagem do Livro das Revelações, figurino e visual belíssimos. Quando canta “Lament”, no fundo do palco se acendem, enormes, as letras hebraicas “lamed aleph vav”, que formam dois dos 72 nomes de Deus – descubram vocês mesmos quais!
Kabbalah não é religião, é sabedoria. Não sou judeu, sou cristão, mas adoro os livros do rabino Nilton Bonder. Afirmo-lhes, com tranquilidade, que, pelo caminho da Kabbalah, homossexuais podem buscar a espiritualidade, podem buscar a Deus, sem o peso dos julgamentos e condenações a que, invariavelmente, nos submetem os religiosos de outros caminhos. Recomendo que o façam, pode transformar suas vidas. Temos, em São Paulo, ao menos um grande centro de kabbalah, aqui vai o link. Não conheço outros, mas deve haver.
E agora, leões, o cristão Cavalcanti se despede…
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