Copenhague e Brasil

Embaixador plenipotenciário!
Embaixador plenipotenciário!

Meus caros, não achei até agora nenhuma resposta sobre o que farão os 700 membros da comitiva brasileira na mega conferência sobre o clima em Copenhague. Esse número me dá vergonha. É certo que somos um dos maiores poluentes da atmosfera do mundo, perdendo apenas para Estados Unidos, China e Índia, mas ganharmos desses três no número de representantes é feio. O Brasil fervendo com denúncias de corrupção, vários assuntos urgentes para votação no Congresso, o  nosso PL 122/06 na reta para ser votado talvez nessa quarta-feira, e as lindas lá, fazendo a fita em Copenhague, com nosso dinheiro. Querem saber a opinião do Velho Cavalcanti? Deveriam trazer de volta para o Brasil 90% dessa comitiva, substituindo-os por Malvino Salvador. Basta ele para provar que o Brasil atinge e protege a camada de hormônios da atmosfera!

No coração da nossa cidade...
No coração da nossa cidade…

Mudando de assunto, do Brasil que dá vergonha, para o Brasil que assusta, mas enche de esperança, todos nós ficamos estarrecidos com o episódio do tiroteio dentro de um dos mais maravilhosos espaços culturais de São Paulo, em que feriram gravemente Mário Bortolotto e Carlos Carcarah. Os espaços da Praça Roosevelt regeneram um dos locais mais feios e degradados do centro da cidade, transformando-o em um núcleo cultural bárbaro, com teatros, espetáculos de qualidade, gente capaz e talentosa. Eu conheço o Bortolotto de vista, Carcarah é amigo do meu sobrinho – que bem poderia ter estado lá naquela hora. Estou chocado, torcendo pela recuperação dos dois, e confesso que fiquei emocionado com o movimento/protesto promovido domingo por vários artistas, daqueles e de outros teatros, e admiradores, dizendo que os paulistanos não vão se intimidar. Todos, juntos, vão continuar a fazer daquele lugar, ainda feio e perigoso, um belo espaço para a nossa São Paulo. Acredito nisso, já falei aqui de minha admiração pela capacidade que o Rio de Janeiro tem de acreditar em si mesmo, de se superar, a despeito da guerra urbana que vive. Essa fé em si mesmo é brasileira, e São Paulo também é Brasil, a Praça Roosevelt é Brasil, e ficará cada vez melhor, vocês vão ver.


Comentários

4 respostas para “Copenhague e Brasil”

    1. Linda, obrigadíssimo. Vou ver e comento depois.
      Bjs

  1. Queridos,

    Queria convidá-los a se tornarem cidadãos de Hopenhagen (um jogo de palavras ‘hope’=esperança, substituindo ‘cope’=lidar no nome da cidade, Copenhagen).

    Basta assinar a petição e você se torna cidadão. Essas assinaturas serão levadas à Cop15. Estamos perto de 1,7 milhão, mas, se não me engano, hoje é o último dia para assinar.

    O legal é que vocês ainda podem deixar um bilhetinho para o resto do mundo, completando a frase “(alguma palavra em inglês, no singular) gives me hope”.

    O que lhes dá esperança? Escrevam lá. 🙂

    Beijocas

  2. Meu caro, uma coisa tem muito a ver com a outra. Os fanfarrões estão por aí, soltinhos, passeando pela Europa, enchendo as cuecas e as meias com nosso dinheiro. Enquanto isso, os ratos dançam. A mim me dá um cansaço… Mas, como diria minha avó, São Paulo não pode parar. Beijas.

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