Não dá para descrever o que é assistir a um excelente bailarino dançando, principalmente quando a coreografia exige dele passes virtuosos, como saltos e piruetas. Marcelo, daquele tamanho, mas com aquelas pernas, mostra uma técnica e um domínio do corpo inacreditáveis. Quando ele salta, parece até que voa, vai a um metro do chão, é lindo, de tirar o fôlego. Não tente fazer igual, nem em casa, pois você não vai conseguir, vai se arrebentar.
Uma vez por ano, Marcelo aterrissa por aqui. Ele estreou O Quebra Nozes ontem, em São Paulo, com os bailarinos do excelente Cisne Negro, no Teatro Alpha. Ficam em cartaz até 20 de dezembro. O Quebra Nozes é um balé antiquado, daqueles com música clássica, e bailarinas com saias de tule, exatamente como no início do século. Muita gente pergunta por que ainda se montam balés assim, depois da revolução que coreógrafos como Béjart, Twyla Tharp e Pina Bausch, já trouxeram à dança. A resposta, dada pelo próprio Marcelo, é: “Pois o público gosta!”. Simples assim. O balé se passa em uma noite de natal, portanto é quase tão tradicional no final de ano quanto Roberto Carlos, mas, cá entre nós, fique com Marcelo. Botei este YouTube, de qualidade péssima, no qual Marcelo dança outro balé, mas vale para vocês verem o menino.
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