VERDADES CINEMATOGRÁFICAS
A retomada do cinema brasileiro – acentuada na segunda metade dos anos 1990 com o êxito de títulos como Carlota Joaquinae Central do Brasil– fez surgir novos hábitos e crescer a cultura cineclubista. Em meio a novos festivais, a chegada do É Tudo Verdade, em 1996, abriu justo e tardio espaço para a produção documental brasileira e estrangeira. O festival chegou esse ano em sua 15a edição e ganhou merecido livro, assinado por seu idealizador, o crítico de cinema Amir Labaki. É Tudo Cinema, Amir Labaki, Imprensa Oficial, 304 páginas |
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UM MARCO DE FAULKNER
Vencedor do Prêmio Nobel de 1949, William Faulkner escreveu Sartorismeses antes de publicar aquele que é considerado por muitos sua obra-prima, o romance O Som e A Fúria. Ao contar a saga dos Sartoris – cujo patriarca, o coronel John Sartoris, morreu na Guerra da Secessão -, sob a ótica de sua irmã mais nova, Jenny, Faulkner introduz o leitor ao condado fictício de Yoknapatawpha, que ressurge ao longo de décadas de produção do autor em romances como Enquanto Agonizo, Os Invictose Santuário. Sartoris, William Faulkner, Cosac Naify, 416 páginas |
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DONA DAS CHAVES
Primeira mulher a assumir a direção-geral do Departamento do Sistema Penitenciário (DESIPE), a socióloga Julita Lemgruber assina com a jornalista Anabela Paiva um intenso relato sobre sua experiência à frente do órgão carioca, uma rede de 25 unidades prisionais e quase 10 mil presos. Muita corrupção e violência misturam-se a atos de coragem e generosidade, narrados sob a ótica de quem viveu essa rotina de 1991 a 1994. A Dona das Chaves, uma Mulher no Comando das Prisões do Rio de Janeiro, Julita Lemgruber com Anabela Paiva, Editora Record, 266 páginas |
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VIOLA NA ESTRADA
Filho do escritor Roberto Freire, o músico Paulo Freire é um defensor da cultura caipira. Ao lado do pai, viu nascer veículos históricos do nosso jornalismo como Realidadee O Bondinho– onde aos 13 anos assinava a Coluna do Paulinho– e tomou gosto pela escrita. Ao abandonar o violão e empunhar uma viola, mergulhou de cabeça em nossas manifestações populares. Juruparié seu quarto livro e conta a história de um aprendiz de violeiro que cruza o País em busca de mitos, como o boitatá e a mula sem cabeça. Jurupari, Paulo Freire, Editora Tratore, 177 páginas |
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REPORTAGEM CLÁSSICA
Morto às vésperas de completar 33 anos, o americano John Reed teve uma vida breve, mas deixou um legado de pioneirismo. Ao cobrir a revolução bolchevique de 1917, em Dez Dias Que Abalaram o Mundo, revolucionou a reportagem, e é tido por muitos como um dos precursores do Novo Jornalismo, celebrado quatro décadas mais tarde, com autores como Tom Wolfe, Truman Capote e Norman Mailer. A obra-prima acaba de ganhar nova edição. Dez Dias que Abalaram o Mundo, John Reed, Penguin Classics, Companhia das Letras, 504 páginas |
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LUZ NAS TREVAS
Há mais de três décadas, os militares defendem que os arquivos da Guerrilha do Araguaia foram queimados e quase nada restou de documentação do conflito. Fato mesmo é que muito pouco tem sido feito para esclarecer esses dias sombrios. Os jornalistas Taís Morais e Eumano Silva empreenderam uma ousada iniciativa. Ao longo de sete anos, realizaram inúmeras pesquisas, ouviram fontes civis e militares, e criaram um catatau de quase 700 páginas. Operação Araguaia, os Arquivos Secretos da Guerrilha, Taís Morais e Eumano Silva, Geração Editorial, 656 páginas |
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