Queridos, o Brasil explodiu, e a ordem é se jogar, pular até o pé doer, aproveitar essa catarse humana maravilhosa que é o carnaval. Quem tem namorado ou marido, aproveita para pular junto, beijar muito, abraçar muito. Quem está solteiro, vale ficar com um a cada noite, ou mais de um, só não me entrem na olimpíada de “quem pega mais” pois queima o filme, mas não seria eu a julgar ninguém, já fiz isso no passado e não me arrependo. Adorei os carnavais que pulei, mas fiquei mais velho, hoje em dia só teria energia para uma noite. Também me tornei muito cauteloso quando falo de álcool, pois uma coisa é pisar um pouco na jaca e ficar alegre, outra é nadar dentro da jaca, só com snorkel para fora, correndo risco de se arrebentar – e pagando um mico daqueles diante de todos. Já disse aqui que não bebo porque já bebi demais na vida, por isso adoro os exemplos de Fernandinha Torres, com seu Deus é Química, e minha fênix Robert Downey Jr., cuja história é bem pior do que a minha. Carnaval é mágico, maravilhoso, o país inteiro fica alegre, não sei de um fenômeno humano como este em nenhum lugar do mundo, mas se joguem na farra usando camisinha e bebendo na medida.
Para nós, gays, o gueto fica maior, mas ainda é gueto, pois homofobia somada a álcool mata, é fundamental saber onde pisar. Em Salvador, só consultando as amigas de lá para saber onde ir. No Rio é mais fácil, desde que se fique em Ipanema, e bem próximo das bandeiras de arco-íris da Farme de Amoedo e Vinicius de Moraes. Carioca esperto vai para a praia da Macumba, mas é longe, e lá gay tem de ser discreto. Em São Paulo, o quadrilátero Jardins-Baixa Augusta é sagrado, com as festas das casas noturnas a noite, e em Florianópolis vale a Praia Mole e as festas fechadas da The Week e Concorde. Se quiserem aproveitar nossas baladas de carnaval, venham, não existe héterofobia! Abração!
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