A notícia de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi grampeado, inclusive em conversa telefônica com a presidenta Dilma Rousseff, causou perplexidade no auditório superlotado do teatro da PUC-SP , onde ocorre um ato pela legalidade democrática na noite desta quarta-feira (16).
Um dos presentes ao ato, que reune juristas, intelectuais e artistas, é Aldimar de Assis, presidente do Sindicato dos Advogados do Estado de São Paulo, que anunciou a disposição de entrar com uma ação contra o juiz Sergio Moro, que autorizou o grampo e a sua divulgação: “O grampo é um estupro ao Estado Democrático de Direito”.
Em seu pronunciamento, Assis lembrou que “a direita” havia colocado 6 milhões de manifestantes na rua no último domingo (13), mas ainda não aprendeu matemática: “Eles se esquecem que Dilma teve 54 milhões de votos”.
O ato, convocado para manifestar apoio a Lula e Dilma, começou com participantes gritando “Não vai ter golpe”. Também presente ao ato, o presidente da CUT, Vagner Freitas, afirmou que o grampo foi mais um atentado à democracia: “Temos que organizar nossos atos de rua e derrotar os golpistas na rua. Não é possível que se possa grampear o celular da presidente impunemente.”
Deixe um comentário