Em defesa da democracia, a esquerda vai às ruas nesta sexta-feira (18) para denunciar a tentativa de golpe contra a presidenta Dilma Rousseff e a ameaça ao Estado de Direito. Organizadas pela Frente Brasil Popular, que reúne 60 movimentos sociais, manifestações acontecerão em diversas cidades do País. De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva estará presente no ato de São Paulo.
Na capital paulista, a concentração será na Avenida Paulista, às 16h. Diversos atos nesta semana reuniram importante parcela de intelectuais, artistas e movimentos sociais do País em defesa da democracia, contra a ofensiva conservadora em curso e convocando a população às manifestações desta tarde.
Consciente de que não conta com a propaganda da mídia, “nem com o dinheiro da Fiesp” (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), a professora da rede estadual do Paraná e membro da Frente Brasil Popular, Janesiei Albuquerque, nem faz comparações entre o número de manifestantes que sai hoje às ruas com o que tomou a Avenida Paulista no domingo (13). “Que interesses moveram todo esse dinheiro? Mas temos a melhor intelectualidade e lideranças políticas, artísticas do País. Quem está do lado de lá? O Lobão, aqui o Chico Buarque.”
A professora pondera que boa “parte da população não entendeu que este golpe é para dar carta branca para varrer direitos trabalhistas, instituir o estado mínimo em direitos”.”Tem um monopólio de comunicação que desinforma o tempo todo. Que transforma heróis em bandido e o contrário depois.”
O economista Eduardo Fagnani, professor da Unicamp e membro do Fórum 21, coletivo parte da Frente Brasil Popular, esteve no ato organizado no teatro do TUC, na PUC-SP, nessa quarta-feira, em defesa da legalidade e da democracia. “Eu jamais imaginei que a essa altura da minha vida eu tivesse que defender a democracia e a legalidade. Não é uma questão mais de defender partido A ou B, mas de defender a democracia. É isso que está em jogo hoje”, diz ele.
O economista Pedro Rossi, professor da Unicamp, também é membro do Fórum 21 e considera que as mobilizações das próximas semanas serão decisivas para o futuro do País: “Tenho a expectativa de que teremos grandes manifestações”.
Para a presidenta da UNE (União Nacional dos Estudantes), Carina Vitral, a gravação e divulgação de conversas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, inclusive dele com Dilma, foi mais um dos “abusos” do juiz Sergio Moro na Operação Lava Jato e é também contra a sua atuação que a esquerda se reunirá hoje.
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