O brasileiro que nós queríamos ser

Queridos, uma das atrações obrigatórias deste final de ano é o filme A Rede Social, história da criação do site Facebook, no qual um dos personagens principais é um brasileiro. Vivido nas telas pelo ator Andrew Garfield, Eduardo Saverin tornou-se um dos homens mais ricos do Brasil, sua participação no site vale cerca de US$ 1,3 bilhão, conforme ele mesmo informa no seu perfil, mais um entre 500 milhões que já se juntaram à mais bem sucedida rede social do mundo. Vocês, como eu mesmo, podem até ficar revoltados com os números, mas eles são verdadeiros: ele não tem 30 anos de idade, e já tem todo esse dinheiro no bolso. Lutou por ele, diga-se, pois deu duro quando a empreitada começou, financiou o genial e safado Mark Zuckerberg, o nerd que idealizou e montou o site, e que lhe deu uma bela rasteira logo depois. A briga quase bateu os tribunais, mas acabou em um acordo, no qual Saverin não levou tudo o que poderia, mas, convenhamos, já conseguiu o suficiente para o resto da vida. O filme mostra tudo isso, e é muito bem feito. Está cotado para o Oscar, onde tem boas chances, pois já foi até mesmo eleito como melhor filme do ano pela Associação de Críticos de Cinema de Los Angeles, muitos dos quais votam para o prêmio máximo do cinema. O enredo é ótimo, segue a uma velocidade que quase demanda  agilidade de videogame para acompanhar, e te deixa sem fôlego no final. Os dois atores principais, Garfield e Jesse Eisemberg, que vive Zuckerberg, estão muito bem, deixam para trás até mesmo o sempre delicioso Justin Timberlake, que entra na história em um ótimo papel, mas secundário.

Eu já ouvi gente reclamando que Saverin não é brasileiro, pois nasceu aqui, nesta minha querida cidade de São Paulo, mas viveu a vida inteira em Miami, e depois entrou para a universidade de Harvard, em Boston, considerada por muitos a melhor do mundo. Eu acho que ele é brasileiro sim, não sei se jamais voltará a morar por aqui, onde não deve ter nenhum laço de amizade, sabe-se lá se lhe restou algum parente. Ele é fechadíssimo, quando deu uma entrevista para o site da CNBC foi uma surpresa, e virou manchete mundo afora. O filme é maravilhoso, e nos faz pensar o que nós não fizemos de certo para ganhar tanto dinheiro. Eles não viraram milionários por acaso: ganharam dinheiro trabalhando. Abraços do Cavalcanti.


Comentários

2 respostas para “O brasileiro que nós queríamos ser”

  1. Avatar de Vincius de Olviera
    Vincius de Olviera

    Esse sujeito da foto não é o Eduardo Saverin. Certeza!

    1. Fazer o que? Estou seguindo o Facebook dele mesmo. Mas eu tbém não mostraria a própria cara. Teu feeling é acertado.
      Abraços do Cavalcanti

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.