Queridos, os fantasmas parecer ter voltado à moda, se é que algum dia saíram dela. Nosso Lar e Chico Xavier estiveram entre as maiores bilheterias no ano passado, por mais que o primeiro fosse um filme ruim, o segundo fosse bem melhor, mas ainda assim nenhum deles foi obra prima. Eu creio no espiritismo, acho a doutrina maravilhosa, e fico feliz quando tenho a chance de divulgar. Caso contrário, jamais teria aconselhado Nosso Lar, que tentou o melhor que nosso cinema pôde oferecer em tecnologia, mas que é muito pouco se comparado com Hollywood. Ainda assim, acho que foi importante para muita gente, e, portanto, acho válido. Jamais nos esqueceremos do fantasma mais charmoso das telas, Patrick Swayze, que arrancou lágrimas até das paredes quando abraçou Demi Moore, ao som de Unchained Melody. Vocês lembram que o vaso de cerâmica que ela fazia se desfez – compreendo perfeitamente. Vários outros filmes exploraram o momento seguinte à nossa morte, Robin Williams fez o seu, visualmente deslumbrante, com cenas do inferno como uma catedral invertida, de morrer de lindo – trocadilho obrigatório. O filão, definitivamente, levanta o interesse do povo, já não assusta mais como antes, e rende bilheteria. Hoje, vi o trailer do último água-com-açúcar de Zac Efron, no qual também tem um irmão morto, adolescentes que preparem seus lenços. Não gosto do rapaz, apesar de ele ser lindo de morrer, mas isso para mim não basta mais.
Pois hoje fui ver o último filme do craque Clint Eastwood, Além da Vida (Hereafter), com o delicioso Matt Damon em um dos papéis principais, adorei, não estragarei as surpresas de ninguém ao dizer que tem cenas fantásticas do tsunami no início, pois isso está no trailer. Damon é bárbaro, hétero sem solução, mas bárbaro, nunca me esquecerei dele e de seu parceiro de infância, e de Oscar, Ben Affleck (que anda sumido), agradecendo o prêmio de melhores roteiristas, por Good Will Hunting . Só posso resumir esse filme de uma maneira: é tudo aquilo que o pessoal de Nosso Lar teria feito, tivessem os roteiristas e o dinheiro de Eastwood. O filme é delicioso, não sei se ganhará Oscars, já não considero mais isso um parâmetro, mas fico feliz com filmes que mostram a vida após a morte, pois creio nela. Sim, já me confessei católico, tenho minha mestra indiana (linda), e estudo cabala. Espiritismo eu já estudei no passado, e só o vejo confirmado em todas as filosofia pelas quais passo. É um filme para não se perder – e Damon não nos dá nem uma deixa sem camisa (isso magoou). Abraços do Cavalcanti.
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