Meus caros, é só eu viajar que encontro um cenário melhor do que aquele que deixei para trás. Preciso viajar mais! Deliciosa conclusão, que enganará a poucos, já sei disso. Ontem tomou posse a nova legislatura, com todas as suas incógnitas. Ao certo, temos uma bela bancada de senadores para São Paulo, Jean Willys como o primeiro deputado abertamente homossexual do Brasil – Clodovil não contava, conseguia ser homofóbico ao mesmo tempo – e parlamentares que estão vendo o movimento do Supremo Tribunal Federal, de onde sairá, em breve, a declaração de constitucionalidade das relações homoafetivas. Acredito que Marta Suplicy será capaz de arrebanhar assinaturas suficientes para fazer o mesmo trabalho no legislativo, onde sua capacidade de articulação é muito melhor que a de seu ex-marido. Ela vai querer uma emenda constitucional dessa magnitude em seu histórico. É um movimento que tem tudo para ser vencedor, todos querem participar dele, salvo os declaradamente conservadores e evangélicos. O duelo, perante a mídia, será feroz, mas atentem para a visibilidade que conquistamos recentemente na própria Rede Globo. Todos querem sair bonitos na foto.
Para melhorar a situação, Dilma indicou, para a vaga aberta pela saída de Eros Grau do Supremo Tribunal Federal, um juiz maravilhoso, Luiz Fux. Ele é judeu, filho de imigrantes romenos, sua família viveu as mazelas de ser uma minoria malquista em um país estranho. Ele já votou em mais de um caso em que a homoafetividade foi levada ao Superior Tribunal de Justiça, e sempre em nosso favor. Seu perfil é maravilhoso para o STF, onde lhe aguarda o caso cabeludo do ex-terrorista italiano Cesare Battisti, bomba política que Lula pretendia ter resolvido, mas que um arguto ministro César Peluso, presidente daquela casa, segurou em suas mãos, e só devolve agora para um plenário onde não possa ocorrer outro empate daqueles vergonhosos. Battisti está em uma fria, e nós estamos com nosso caminho mais seguro. É certo que Fux ainda tem de ser sabatinado pelo Senado Federal, mas isso será uma mera formalidade, não tenho medo.
Só para dar risada, quase não acreditei ao ler, hoje, que Hugh Jackman, o delicioso mutante Wolverine, de X-Men, ator fantástico, terá de ganhar ainda mais músculos para viver o mesmo personagem no próximo filme da série, atingindo quase 100 Kg. Jackman é um homão maravilhoso, tanto músculo não lhe cairá bem, ficará, realmente, parecendo um mutante. Como fã incondicional que sou, só posso cruzar os dedos, e esperar que ele volte a alguma normalidade depois. Querem melhor? Ele é gay friendly até a medula, viveu Peter Allen, o ex-marido gay de Judy Garland. Eu o vi no palco, ele beijava outro homem na boca, cantava, e dançava fantasticamente. Francamente, queridos, um dia de boas notícias. Abraços do Cavalcanti.
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