Queridos, 40 anos não são pouca coisa, é quase a minha idade. Semana passada o Queen, banda inglesa que marcou a história do rock, celebrou seu aniversário, nada menos do que essa idade. Ainda existem, mas não tem mais Fred Mercury, vocal e alma do grupo, que os fez tão maravilhosos. Vieram ao Brasil pela primeira vez em 1981, e tocaram duas vezes no Estádio do Morumbi, juntando cerca de 131 mil pessoas, há exatos 30 anos, festejados hoje! Eu assisti à segunda apresentação, do dia 21, e nunca mais me esquecerei de Fred regendo a plateia, quando cantava Love of My Life. Ele mesmo declarou que aquele foi um dos grandes momentos de sua carreira, eu imagino que tenha sido, pois ninguém que tenha estado lá jamais esqueceu. Eles depois repetiram o show em Montreal, as mesmas músicas, mas sem a interação com a plateia, pois os canadenses foram gelados. O DVD está nas boas lojas, e é imperdível. Se você não foi ao Morumbi, compre o DVD – aliás compre de qualquer maneira, tenha ou não visto o show. Para dar uma dimensão de quem foram, no show que celebrou o jubileu de 50 anos de reinado da própria rainha Elizabeth II, quem abriu o espetáculo, tocando o hino nacional britânico, God Save the Queen, foi o guitarrista Brian May, músico original da banda, que se apresentou do telhado do palácio de Buckinghan. De todos os músicos ingleses (não são poucos, e são dos melhores) do mundo, foi ele o escolhido.
A banda continua viva, mesmo depois da morte de Fred e da saída de John Deacon, que preferiu sumir do cenário. Eles se uniram a Paul Rodgers, que não é ruim, pelo contrário, mas não é Fred Mercury, e, por isso, saudosos como eu não os consideram a mesma coisa. Eles cantaram no Rock in Rio de 1985. Voltaram em 2008, mas, para dar uma ideia da mudança, cantaram na Rua Funchal, para pouquíssima gente, a preços obscenos. Não era mais a mesma coisa.
Os primeiros discos da banda serão relançados, devidamente remasterizados, e será também lançado mais um, com músicas inéditas dos anos de 1973/1976, vai se chamar Deep Cuts. Já está disponível na Amazon, mas não na Livraria Cultura. É só esperar um pouco. Fred foi um ícone gay, mesmo que tenha tido uma relação complicadíssima com sua própria sexualidade, jamais saiu do armário publicamente, mas a banda é história, suas músicas também. Lourenço recomenda enfaticamente. Grande abraço a todos.
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