Um Guru a menos

SATHYA SAI BABAQueridos, eu sei que todos só querem ler sobre o casamento de sexta-feira, mas até lá temos alguns dias, não vamos queimar a largada. Existem coisas mais importantes na vida, e me sinto honrado ao falar sobre Sathya Sai Baba, um dos grande líderes religiosos da Índia, que faleceu esse domingo de Páscoa, aos 84 anos. Sim, ele era um guru indiano, pouca gente entende realmente o significado desse termo, muito desgastado depois da superexposição que lhes deu a geração de 1960, e da leitura errada dos ocidentais sobre eles. Guru, na Índia, pode significar mestre, seu professor em determinada habilidade,  será seu guru. Em último, e mais elevado caso, Guru é Deus. Eu, pessoalmente, já disse aqui que sigo minha Guru, Amma, ou Mata Amritanandamayi, nascida no sul da Índia, mas que vive circulando pelo mundo, já esteve no Brasil há alguns anos. Ela também é conhecida como a Santa dos Abraços, pois abraça pessoalmente a todos os que vão à sua presença. Grandes Seres iluminados são manifestações vivas de Deus na terra, assim são reconhecidos por seus seguidores, assim eu reconheço aqueles com quem tive contato. Nunca fui a sua presença, mas nunca tive dúvida alguma de que Sai Baba o era. Ele, assim como faz a Amma, nunca orientou seus devotos a deixarem as religiões nas quais nasceram. Quando se prega o amor como princípio mais elevado, abarca-se todas as religiões, todas levam à alta espiritualidade.

Reconhecer um Guru não significa desmerecer outros, eu tinha um imenso respeito por Sathya Sai Baba, assim como milhões de pessoas na Índia e mundo afora, incluindo-se um ex-primeiro ministro indiano, Atal Vajpayee. Sai Baba era conhecido por realizar pequenos fenômenos de materialização de cinzas, ou de pequenos objetos, em cerimônias públicas. Essas atitudes sempre levantaram a polêmica de que seriam fraudulentas, o que eu repudio de plano. Só quem não tem noção do que é um Ser Iluminado busca rápido a explicação da fraude. Materializações à parte, ele realizou grandes fenômenos na vida de milhões de pessoas, a quem transmitiu ensinamentos, e os iniciou em uma linda jornada espiritual, de profundo autoconhecimento, e valores elevados. Conheço muitos de seus devotos, e testemunho a maravilha que este Grande Guru trouxe à nossa humanidade em sua passagem pela Terra. Especialmente nesse momento, em que nosso planeta passa por dramáticas transformações, e muitas religiões se vêem reféns de seus condutores, grandes Seres, como Sathya Sai Baba, nos mostram caminhos para uma vida espiritualizada, e para um mundo melhor. Deixou ensinamentos eternos, maravilhosos, a serem estudados. Recebe a reverência honrosa do Cavalcanti.


Comentários

2 respostas para “Um Guru a menos”

  1. Meu caro, que bom que você se materializou novamente… Enfim, vão-se os mais idosos. Perdoe-me a ignorância, o que é preciso para ser um guru na India? Ainda tem muitos gurus por lá?Beijas.

    1. Baronesa, cá estou, sim, materializado. Para ser um Guru a escola é longa, e requer a aceitação por milhares de seguidores, etc., mas, para se ter um Guru, basta escolher um dos vivos – ou mortos, que tenham deixado um belo legado. Falo do próprio Sai Baba, e o Oxo, que deixou vários Rolls-Royces e impostos não pagos nos EUA, mas que era fantástico! Por experiência própria, sugiro-te a Amma.
      Abraço pudico,
      Lourenço

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