Marcelo Gomes e o Cisne Brasileiro

Divulgação Cisne Negro / Joyce TheaterQueridos, meu Olimpo é bem seleto, não permito figuras efêmeras, nem meramente midiáticas. Se não contribuir para a humanidade, ou ao menos marcar uma geração, esqueçam! Lá estão Ayrton Senna, Raí, Francis Ford Coppola, Itzhak Perlman, e outros do mesmo quilate. Junto a eles, incluí, com lágrimas nos olhos, o bárbaro bailarino Marcelo Gomes, brasileiro de Manaus, radicado em Nova York há anos, onde arrasa no American Ballet Theatre. Já se apresentou no Brasil várias vezes, tive o privilégio de vê-lo no tradicionalíssimo Quebra Nozes, e, também, em Nova York, em outra coreografia moderna (esqueci o nome), e nunca consegui tirar os olhos dele. Enorme, lindo,  hipnótico  – querem mais? Feliz da parceira. Ele é gay, não esconde isso, reza a lenda que é casadíssimo, há anos, e muito feliz. Mas isso é desimportante, trata-se da vida pessoal. Marcelo exsuda virilidade no palco, é um personagem masculino impressionante. Como ele mesmo já disse: “As pessoas querem ver Romeu e Julieta, não duas Julietas”. Procurem as críticas sobre ele nos bons jornais mundo afora, e verão que eu não sou um baba-ovo delirante, ele é muito bom, está entre os grandes, eu o coloco ombro a ombro com alguns argentinos que brilham lá e cá.

Completíssimo em sua arte, consegue dançar balé clássico e moderno com a mesma destreza, e também é coreógrafo. A maravilhosa Companhia Cisne Negro, orgulho nacional, tal e qual o Grupo Corpo, mas que não nos deixou, vai apresentar uma coreografia do Marcelo no Festival de Verão de Aspen, dia 12 de agosto próximo. Em seguida, de 15 a 20 de agosto, estará em Nova York, com o próprio Mr. Gomes dançando sua parte, no Joyce Theater. Quem tiver a chance de ver, não perca! Mas corram, pois pérolas dessas não passam desapercebidas pelos públicos mais exigentes. Da última vez que o Cisne Negro se apresentou no Teatro Municial aqui de São Paulo, acabei procurando as linhas pontilhadas no pulso ao saber que não conseguira ingressos para assistir. Ver ao vivo algo assim é algo como assistir a uma vitória da Seleção Brasileira de Vôlei (a de futebol está rebaixada), e, Marcelo dançando, é algo como Neymar jogando futebol. Pelé, embora esteja com ele em meu Olimpo, está aposentado… Não vivam a vida pelo Google, corram para a fila, ou tentem ingressos pela internet. O Cavalcanti recomenda enfaticamente.

Divulgação Aspen Summer Festival


Comentários

6 respostas para “Marcelo Gomes e o Cisne Brasileiro”

  1. Este ano eu vi o Marcelo Gomes aqui no Municipal do Rio. Não lembro qual era o ballet, pois vi vários este ano, mas acho que foi Don Quixote. Ele é realmente maravilhoso (tanto como bailarino, como quanto homem lindo! rs). Invejinha boa do cônjuge dele… rsrs. Obs: acho que no programa do ballet (que ainda tenho guardado) dizia que ele era carioca. Depois vou conferir. Abs.

    1. Bernardo – talvez até tenha nascido no RJ, mas cresceu em Manaus, até chegou a ajudar em um concurso de ballet lá, naquele teatro maravilhoso. Mas, cá entre nós: reparastes nas pernas??? Aiiii…..
      Abraços do Cavalcanti

    2. Bernardo, veja a entrevista dele no Jô Soares, está facil no YouTube. Além de arrasar de lindo, ele conta a própria história. Elegantérrimo em um terno preto, não mostra as (famosas) coxas, mas é só zapear o YouTube que verás várias cenas dele mostrando como são incríveis.
      LC

  2. Oi Lou!

    Está melhor? Espero que sim!

    Viu a reportagem desta bailarino no Jô de ontem? Assistirei hoje a noite quando chegar do trabalho!

    Brilhante.

    bjo.

    gus
    de bhz

  3. Uma visitinha ao seu blogue nesta quarta chuvosa e me surpreendo (nem tanto, já estou acostumando) com a beleza de mais um belo texto seu, Lourenço. A sutileza de suas palavras e ao mesmo tempo a força que a elas você imprime cria uma antítese que engrandece seu testo majestosamente.

    Só um pequeníssimo adendo: cuide para não trocar “despercebido” (não notado) por “desapercebido” (desprevenido).

    Grande abraço.

    1. João, nenhuma visita sua é pequena, tuas palavras me fazem um bem enorme. E, por favor, observações acerca do português são bem vindas.

      Abração,

      LC

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