Caros, é divertido acompanhar o noticiário. Não me refiro ao naufragar da economia europeia, que paga agora por erros evidentes. Eles que são ricos, que se entendam. O noticiário de ontem mostrou cena inédita na história: Angela Merkel e Dilma Roussef discutiam a situação financeira internacional de igual para igual, vale dizer, de rico para rico. Vejam a posição a que chegamos no contexto mundial.
Mas a diversão veio da constatação de que são quase gêmeas, parecem capazes de trocar de posição a qualquer momento. Ambas são mulheres fortes, cheias de testosterona, vestem-se de forma parecida, são duronas, e enfrentam com coragem as mais difíceis situações. Fosse ainda ativa no cenário mundial, Margaret Thatcher completaria o trio, e seriam brilhantes.
Não consigo imaginá-las em vestidos de baile, grandes saias rodadas, nada disso. Thatcher, talvez, mas as outras não. O sóbrio tailleur lhes cabe perfeitamente. Também não gostaria de enfrentá-las olho no olho, são por demais fortes para isso, sei os riscos que correria.
Em seu maravilhoso livro “Reagan e Tatcher: uma relação difícil”, o autor, Ricard Aldous, tráz uma maravilhosa declaração de Thatcher. Mostrando bem quem era, a ex-Primeira Ministra Britânica afirmou que sua relação com o forte e masculino Ronald Reagan funcionou pois: ” Ele tinha mais medo de mim que eu dele”. Podem imaginar, o presidente americano que enfrentou os últimos dias do império Soviético, com medo de alguém? Pois ocorreu.
Mas o melhor é sentar diante da televisão, e ver a história sendo feita de outra forma: agora nós é que temos de sustentar o FMI, para que este socorra as frágeis nações europeias. Do lado de cá, nossa Dilma, do outro lado, a poderosa Merkel. Damas de ferro, sim, mas inoxidáveis. Abraços do Cavalcanti.
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