A reação de governistas à saída do PMDB da base aliada movimentou Brasília na terça-feira (29), dando a largada para a estratégia do governo de impedir o impeachment mesmo sem seu principal aliado.
Enquanto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenta garantir o apoio de peemedebistas simpáticos à legalidade, governistas vão para o fronte, agora associando Michel Temer, vice-presidente da República e presidente do PMDB, à liderança do golpe. Foi Temer quem costurou a reunião do PMDB que rompeu com o governo.
Na mesma ocasião, todos os ministros do partido foram incentivados a devolverem os cargos, o que vem motivando na internet o pedido para que Temer entregue seu posto também. “Golpista”, resumiu Afonso Florence (BA), líder do PT na Câmara dos Deputados. “Posava de jurista e agora é golpista.”
De acordo com ele, quem iniciou a guerra foi o próprio Temer, que agora está na mira. Um dia antes, foi a vez do senador Humberto Costa (PT-SE) passar o recado ao dizer que o vice, se conseguir derrubar Dilma, “será o próximo a cair”.
A tensão é tamanha que, em Brasília, circula a informação de que a presidenta teria cancelado a viagem aos Estados Unidos que faria na quinta-feira (31) para evitar que Temer assuma e aplique o golpe.
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