Apesar do revés, governo é favorito para votação do impeachment no domingo

Dilma Rousseff recebe no Palácio do Planalto convidadas para o “Encontro com Mulheres em Defesa da Democracia” - Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Dilma Rousseff recebe no Palácio do Planalto convidadas para o “Encontro com Mulheres em Defesa da Democracia” – Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

O governo perdeu, mas não perdeu feio na votação de segunda-feira (11) da Comissão do Impeachment, que aceitou o pedido de abertura de um processo contra a presidenta Dilma Rousseff. Embora o governo tenha sido derrotado por 38 a 27, ou 58% dos votos, essa proporção é insuficiente para tirar o mandato presidencial no plenário da Câmara no próximo domingo (17), data prevista para a votação.

O otimismo do governo se deve justamente ao fato de a margem de derrota ter sido pequena, embora a comissão estivesse toda nas mãos do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), inimigo declarado do Planalto.

Na avaliação de Jaques Wagner, chefe de gabinete da Presidência da República, se essa proporção se repetir em plenário domingo que vem, Dilma garantirá 213 votos, barrando o impedimento.

Se os petistas contarem com traições, podem ficar com até 190 votos, margem pequena, mas acima dos 171 necessários. É que, para afastar Dilma do cargo, a oposição dependerá dos votos de, pelo menos, 342 dos 513 deputados.

Se para o deputado Mendonça Filho (DEM-PE) “foi uma vitória clara”, para o colega Henrique Fontana (PT-RS) o resultado foi “muito bom para os que defendem a democracia”: “É um indicativo de que é muito provável que tenhamos vitória no plenário contra o golpe”.


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