O preço de se aliar a Kassab, Maluf e Michel Temer é o impeachment

Em foto de junho de 2014, Dilma participa da convenção nacional do PSD ao lado de Temer - Foto: Elza Fiuza/Agência Brasil
Em foto de junho de 2014, Dilma participa da convenção nacional do PSD ao lado de Temer – Foto: Elza Fiuza/Agência Brasil

Se por um lado o Brasil parece dividido sobre o impeachment nas ruas, no Parlamento ele prospera. Faltando cinco dias para a votação do processo envolvendo a presidenta Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados, PP, de Paulo Maluf, PSD, de Gilberto Kassab, e PRB, partido da Igreja Universal, decidiram abandonar de vez o governo e se juntar ao PMDB do vice Michel Temer para apoiar a deposição da petista.

Ficou para a história a cena de Edir Macedo, chefe da Universal e homem por trás do PRB, cumprimentando Dilma antes de ela subir a rampa do Palácio do Planalto para receber a faixa presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva em 2010. Também vai para os livros o embarque de Maluf no panteão petista em foto em que cumprimenta Lula e o então futuro prefeito de São Paulo Fernando Haddad na campanha de 2012.

Até Kassab, o arqui-inimigo do PT em seus anos de prefeito da capital paulista, virou aliado federal. Ganhou o Ministério das Cidades, mas não manteve a fidelidade de seus parlamentares, que – mais afinados com a direita – boicotaram projetos do governo e agora optam pelo impeachment. Difícil mesmo era acreditar na fidelidade do PSD, criado sob a inspiração do PMDB e sua vocação para cargos. Kassab nem pestanejou em abandonar seu padrinho político, José Serra (PSDB), quando Dilma venceu as eleições.

Na reta final do impeachment, o PT paga por não ter defendido uma reforma política que revisse a necessidade de que o presidencialismo de coalizão fosse a única alternativa para a governabilidade.

Diante da alta popularidade do PT nos tempos de Lula presidente, partidos como esses se aproximaram do governo travestidos de social democratas. Agora, que os tempos de vacas magras chegaram, sobram os ossos que acabarão roídos pelas legendas de sempre: PT, PCdoB, PDT e PSOL – os únicos que, com os nanicos PTdoB, PTN e PEN, devem votar unanimemente pela permanência de Dilma no poder.


Comentários

3 respostas para “O preço de se aliar a Kassab, Maluf e Michel Temer é o impeachment”

  1. Avatar de José De Almeida Bispo
    José De Almeida Bispo

    Olha… eu não suporto essa cantilena de “O PT SE ALIOU A… ” Porra! Isso aqui é uma República, quase democrática. Só se pode governar com a maioria; e a maioria que o povo elegeu é essa merda aí. Então, tinha que ser com essa merda ou merda parecida. Que papo mais chato!
    O PSDB se aliou do mesmo jeito… e qualquer outro que venha governar com esse quadro terá que fazer o mesmo. Nhem-nhem-nhem mais besta!

  2. Avatar de Henrique Luz
    Henrique Luz

    Tadinho do PT…. Ownnnnn… tão inocente… Que peninha… Acreditou no Maluf, foi? Acreditou no Temer, foi? E no Malvado do Kassab gente… Que lindo o PT tão idealista, né? Acreitou nos malvadões da política…
    #tchauquerida

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