O coordenador nacional do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), Guilherme Boulos, declarou ao jornal Folha de S.Paulo que “o maior desafio colocado hoje é construir uma nova saída para a crise. Uma saída que seja popular, que faça o andar de cima pagar a conta”.
Segundo Boulos, “se esta crise mostrou algo é o esgotamento do sistema político tal como está. É também a infâmia representada pelo monopólio das comunicações”. Ele argumenta que é necessário “democratizar as comunicações no país” e também “transformar o sistema político, ampliando a participação popular e combatendo seu aprisionamento pelos interesses privados”.
“Só avançaremos nesses caminhos com muita mobilização, fortalecendo a luta popular”, escreveu: “Precisamos de iniciativas que radicalizem a democracia no país”.
O líder do MTST disse que as medidas de austeridade econômica só “afundam sociedades por onde passam”: “Precisamos de uma reforma tributária, com taxação de fortunas e lucros, precisamos de uma auditoria da dívida pública e de uma redução profunda dos juros no país. Enfim, é necessário um programa que permita a ampliação dos investimentos públicos, com distribuição de renda e enfrentamento dos privilégios históricos da elite brasileira”.
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