Impeachment não teria passado se só as mulheres tivessem votado

A deputada Luiza Erundina, que votou contra o impeachment - Foto: Antonio Cruz/ABr
A deputada Luiza Erundina (PSOL), que votou contra o impeachment – Foto: Antonio Cruz/ABr

A Câmara dos Deputados não teria aberto um processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff (PT) se apenas as deputadas federais tivessem votado. Embora a maioria delas tenha votado pela aceitação da denúncia, o total de votos entre as congressistas não atingiu os dois terços necessários para a instauração de um processo de afastamento por crime de responsabilidade.

Vinte e nove deputadas votaram a favor do impeachment, e vinte votaram contra. Gorete Pereira (PR-CE), se absteve de votar, e Clarissa Garotinho (PR-RJ) não compareceu à sessão. Se apenas as mulheres pudessem votar, seriam necessários 34 votos para aprovar o afastamento da presidenta.   

A Lei das Eleições estabelece que, a cada pleito, deve ser observado o mínimo de 30% e o máximo de 70% de candidatos do mesmo gênero sexual do total dos registrados por um partido ou coligação. Apesar da cota de gênero, as mulheres representam apenas 9,9% do total de 513 parlamentares eleitos em 2014.

O PT, partido da presidenta, é a legenda com o maior número de deputadas: oito mulheres em uma bancada de 60 parlamentares. Em seguida vêm o PMDB, com sete mulheres num total de 67 parlamentares, e o PR, seis mulheres em 40.

O PSDB e o PC do B têm, ambos, cinco mulheres em suas bancadas, e o PSB, quatro. O PPS, PP, PTN e PRB têm, cada um, duas deputadas. O PTB, PSL, PDT, PSC, PV, DEM, PSD e o PSOL possuem, cada um, uma representante. O Partido da Mulher Brasileira (PMB), criado recentemente, não tem nenhuma mulher na Câmara: seu único representante é o deputado Weliton Prado (MG).

* Com Agência Brasil


Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.