A organização internacional Repórteres Sem Fronteiras publicou na última quarta-feira (20) um artigo criticando a cobertura mídia brasileira sobre o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Segundo a ONG, os maiores veículos de comunicação do Brasil estão insuflando a população para tentar derrubar a presidenta.
De acordo com o artigo, “os jornalistas que trabalham para estes grupos de mídia estão claramente sujeitos à influência de interesses particulares e partidários [de seus donos], e esses conflitos de interesses são claramente prejudiciais para a qualidade de suas reportagens”.
Recentemente, a organização publicou o Liberdade de Imprensa no Mundo, no qual o Brasil caiu quatro posições, e como consequência, hoje ocupa a vergonhosa colocação de 104° entre 180 países analisados. Para a organização, esse conflito é um dos principais motivos para o aumento da violência que atinge repórteres no País.
Outros fatores elencados que contribuíram para o aumento da violência são as organizações criminosas e até a Policia Militar, que exerce papel de protagonista nesse enredo, agindo de forma “autoritária e violenta” contra os jornalistas.
Em 2015, sete jornalistas morreram, todos investigavam problemas ligados à política e ao crime organizado.
Publicado todos os anos desde 2002, o relatório mede e compara o nível de liberdade oferecido aos jornalistas em 180 países diferentes. A classificação final depende de uma estatística que é elaborada de acordo com o “pluralismo no país, independência da mídia e a segurança dos profissionais”. A pesquisa é elaborada por meio de um questionário de 87 perguntas preenchido por especialistas em cada nação.
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