Dilma usará Palácio da Alvorada para resistir durante seu afastamento

Palácio da Alvorada, onde Dilma Rousseff continuará residindo durante o processo - Foto: Divulgação
Palácio da Alvorada, onde Dilma Rousseff continuará residindo durante o processo – Foto: 

Ichiro Guerra/PR

Depois que o Senado aprovou seu afastamento provisório nesta quinta (12), a presidenta Dilma Rousseff vai transformar o Palácio da Alvorada num bunker para convencer os senadores a rejeitar seu impedimento no julgamento final, ainda sem data marcada.

Em seu último pronunciamento no cargo, Dilma disse que a luta pela democracia é uma luta que pode ser vencida: “A democracia é o lado certo da história. Jamais vou desistir de lutar”.

Na manhã desta quinta, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), anunciou que Dilma continuará recebendo salário de R$ 31 mil. Segundo Renan, a presidenta continuará morando no Palácio da Alvorada. Terá direito a transporte aéreo presidencial, equipe a serviço do gabinete pessoal, apoio à saúde, carros e motoristas.

Dilma deixará o Palácio do Planalto acompanhada dos ministros e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Sairá pela porta do térreo e seguirá, no comboio presidencial, em carro fechado, até o Palácio da Alvorada, acompanhada dos ministros mais próximos.

Lula tem incentivado Dilma a viajar pelo País para denunciar o golpe.  Até a votação final do processo no Senado, Dilma poderá contar com uma equipe de pelo menos 12 assessores. Trabalhariam no bunker da presidenta a atual ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello; Carlos Gabas, ex-ministro da Previdência e hoje titular da Aviação Civil;  e Miriam Belchior, presidente da Caixa Econômica Federal.

Giles Azevedo, Sandra Brandão, Bruno Monteiro, Marco Aurélio Garcia, Álvaro Baggio, José Eduardo Cardozo (AGU), Aloizio Mercadante (Educação) e Alessandro Teixeira (Turismo). Os ministros Jaques Wagner (Gabinete Pessoal), Ricardo Berzoini (Governo) e Edinho Silva (Comunicação Social) devem prestar ajuda à distância.


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