Dilma pede “cautela” sobre anulação do impeachment: “vivemos uma conjuntura de manhas e artimanhas”

Dilma Rousseff dicursa - Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Dilma Rousseff dicursa – Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

Cercada por manifestantes contra o impeachment, a presidenta Dilma Rousseff se manifestou nesta segunda-feira (9), de improviso, sobre a anulação da votação do impeachment ocorrida no dia 17 de abril na Câmara dos Deputados que admitiu tramitação do processo no Senado, que deveria realizar sua votação em plenário ainda nesta semana.

Dilma discursava no Palácio do Planalto sobre a entrega de novas universidades federais e unidades educacionais de tecnologia quando manifestantes pelo impeachment passaram a se manisfestar contra a presidenta, gerando uma forte reação da platéia, formada por defensores da presidenta, que gritou o bordão “Não vai ter golpe!”.

A presidenta interrompeu os manifestantes para pedir cautela: “Eu não tenho essa informação oficial. Não é oficial, não sei as consequências. Tenham cautela. Vivemos uma conjuntura de manhas e artimanhas. Acredito que nós temos de continuar percebendo o que está em curso. Nós só vamos entender que temos de compreender a situação para poder lutar.”

Pouco antes, Dilma falava sobre os valores conquistados pela democracia. Ela dizia que a democracia elegeu o primeiro metalúrgico presidente e a primeira mulher presidenta. “Alguém aqui votou para a gente focar só em 5% dos pobres? Não. Alguém votou que a gente tinha de diminuir recursos para a saúde? Não.”

Segundo Dilma não lhe falta vontade para permanecer no cargo. Ainda antes de comentar diretamente sobre a anulação do processo, Dilma falou em “esse processo extremamente irregular”: “Vamos ter uma pauta clara de luta e confiar principalmente na força de todos nós juntos.”


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