Morreu na noite de terça-feira, dia 27 de março, o escritor Millôr Fernandes aos 88 anos de idade. Segundo o filho Ivan Fernandes, ele teve uma parada cardíaca seguida de falência múltipla dos orgãos e acabou morrendo em sua casa no bairro de Ipanema, região sul do Rio de Janeiro.
É sabido por todos que o incomum nome “Millôr” foi um acaso, fruto de um erro gramatical de um escrivão desatento, que deveria escrever Milton. Millôr resolveu adotar o nome, porém, diferente de seu escrivão atrapalhado, nunca escreveu errado. Foi escritor, jornalista, desenhista, dramaturgo e artista. Como companheiro de labuta, sua grande luta foi travada a frente do jornal “O Pasquim”, do qual foi um dos fundadores, importante veículo na luta contra a ditadura.
Sempre a frente e preocupado com as causas do Brasil, Millôr Fernandes não era de deixar a idade tomar seu entusiasmo e roubar sua voz ativa. Nos últimos anos de sua vida, dedicou boa parte de seu tempo e pensamentos para seus mais de 300 mil seguidores no Twitter. A última mensagem em seu perfil no microblog foi deixada na manhã de sua morte, aproximadamente às 11h: ” Pode ser que um dia se passe Brasil a limpo. Até agora a quadrilha política fez do Brasil apenas papel higiênico.”. Esse era Millôr Fernandes.
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