Senado aprova processo de impeachment e afasta Dilma por até 180 dias

Sai Dilma, entra Temer - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Sai Dilma, entra Temer – Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Após 20 horas e meia de discursos, o Senado aceitou, no início da manhã desta quinta-feira (12), o pedido de abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, que, após a comunicação oficial, ficará afastada do cargo por até 180 dias. Por 55 votos a 22, Michel Temer (PMDB-SP) assume. Assim que assinar o documento, ela será obrigada a deixar o Palácio do Planalto. 

Embora Dilma possa ficar 180 dias longe do cargo, o processo no Senado pode acabar antes. Se, em nova votação do Plenário ela for considerada culpada, a presidenta sai do cargo definitivamente e perde os direitos políticos por oito anos, período em que não poderá se candidatar a nenhum cargo). Se for inocentada, no entanto, ela volta à Presidência.

Para que o processo contra Dilma fosse aceito, eram necessários ao menos 41 votos dos 81 possíveis. Alguns dos 55 senadores, no entanto, afirmaram que estavam votando apenas pela abertura do processo e ainda não tinha posição sobre o julgamento final.

Esta é a segunda vez em 24 anos que um presidente da República é afastado temporariamente. Em outubro de 1992, o Senado abriu o julgamento do então presidente Fernando Collor de Mello, na época filiado ao PRN. Collor renunciou antes de ser julgado, mas ainda assim teve seus direitos políticos cassados pelo Senado por oito anos.  


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