O presidente interino Michel Temer indicou nesta quarta-feira (18) o secretário de Cultura do Rio de Janeiro, Marcelo Calero, para a Secretaria de Cultura do governo federal, órgão subordinado ao Ministério da Educação. Temer decidiu nomear um homem para a secretaria depois que cinco mulheres recusaram o convite para ocupar o cargo: a apresentadora de TV Marília Gabriela, a atriz Bruna Lombardi, a antropóloga Cláudia Leitão, a professora Eliane Costa e a cantora Daniela Mercury.
Calero tem 33 anos e ingressou na carreira diplomática no Itamaraty em 2007. Aproximou-se do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), quando presidiu o Comitê Rio 450, que organizou as comemorações do aniversário da capital carioca em 2015, e foi nomeado secretário municipal da Cultura há um ano, no lugar de Sérgio Sá Leitão. Formado em direito, Calero já trabalhou na Comissão de Valores Mobiliários e na Petrobras. Após ingressar no Itamaraty, serviu na Embaixada do Brasil no México.
A extinção do Ministério da Cultura motivou protestos de artistas em todo o país. Centenas de manifestantes ocuparam o Palácio Gustavo Capanema, sede da Fundação Nacional de Artes (Funarte), no Rio. Houve ocupações de prédios da Funarte em São Paulo, Fortaleza, Natal, Recife, Belo Horizonte, Curitiba e Salvador.
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