“Ao invés de uma instituição europeia, americana ou japonesa, o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), no Rio de janeiro, vem no topo. O antigo edifício no centro da cidade, que sediava um banco, recebeu nada menos que três exposições entre as dez com o maior público médio do ano passado. ‘O Mundo Mágico de Escher’ levou em média 9.700 pessoas ao CCBB.”
O trecho até um pouco assustado com a radical mudança de paradigmas foi retirado de texto do The Art Newspaper, publicação inglesa que, desde 1996, faz um levantamento das dez exposições mais visitadas do planeta no ano anterior. Segundo é relatado na matéria, o Brasil encabeça essa lista pela primeira vez com a comentada exposição do artista holandês M. C. Escher. Tentando explicar para seus leitores o apetite do brasileiro pela arte, mais especificamente a arte contemporânea, o periódico inglês cita o bilionário Bernardo Paz, o idealizador e patrocinador do Instituto Inhotim, que chega a receber quase um milhão de pessoas por ano mesmo se localizando em região remota e de difícil acesso em Minas Gerais.
Entre as dez exposições mais visitadas do planeta em 2011, também figura, na sétima posição, “Oneness”, da artista japonesa Mariko Mori, que teve, em média, 6.991 visitantes por dia no CCBB. Para completar as presenças nacionais, a nona exposição que mais atraiu espectadores foi “Eu em Tu”, da americana Laurie Anderson, vista por 6.934 pessoas em cada dia que esteve em cartaz.
O brasileiro está percebendo que o enriquecimento do País não significa diretamente o crescimento econômico que estamos vivendo. Uma resposta para aqueles que gostam de brandar que “nós já fomos mais inteligentes”.
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