O ex-advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, agora advogado pessoal da presidenta Dilma Rousseff, arrancou aplausos de uma plateia formada por estudantes de direito em evento na Universidade de Brasília (UnB) na última segunda-feira (30). Ao lado de Dilma, ele criticou a intimidação do governo interino, que tenta incriminá-lo por defender que o atual processo de impeachment não passa de um golpe de Estado disfarçado de legalidade.
Cardoso estava acompanhado da presidenta, a principal palestrante na UnB (Universidade de Brasília) durante o lançamento do livro “A resistência ao golpe de 2016″, de diversos autores, que, como diz o título, conta como parte da população vem se organizando para impedir que Dilma seja definitivamente afastada do cargo.
Ao microfone, Cardozo lembrou que recentemente o governo interino abriu sindicância para analisar a defesa da presidenta “dizendo que eu tinha feito ato de improbidade por dizer que o impeachment é um golpe”. Ele afirmou que não fez nada além do que aprendeu “no primeiro ano de faculdade”: “Utilizar a referência jurídica, a análise de professores que fizeram pareceres voluntários para externar a ideia de que nós vivemos um golpe de Estado no Brasil, o rasgar da Constituição, o ofender da democracia. É algo que nós podemos falar com força e garra”.
Sob aplausos, afirmou que seus opositores podem “fazer o que quiser” porque “não nos intimidarão”. “Como é bom estar do lado certo da história”, disse, para mais aplausos. “Não vamos perder essa guerra, essa luta. A democracia no Brasil veio para ficar. Como dizem, ‘eles não passarão’.”
Em sua vez de falar, Dilma denunciou o que chamou de golpe levado a cabo por uma oligarquia feita de “homens brancos, velhos, ricos e machistas”, que se uniram para tirar do poder um governo popular.
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