Flagrado em conversas telefônicas prometendo pôr fim à Operação Lava Jato caso Michel Temer assumisse a presidência, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) precisou se afastar do Ministério do Planejamento assim que os áudios vazaram. Não passou de fachada: Juca segue despachando, se encontrando com autoridades e até sentando ao lado de ministros de Estado.
Há dez dias “afastado”, Jucá atua como integrante do primeiro escalão do governo, segundo o jornal Folha de S.Paulo. Ele frequenta o gabinete do presidente interino e despacha com seus principais ministros.
Na última terça-feira (31), por exemplo, se encontrou com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, para decidir qual será o teto para os gastos públicos. Teria sido do próprio Jucá a decisão de conduzir o tucano Aloysio Nunes para a liderança do governo no Senado.
Ainda na terça, o senador não se constrangeu ao sentar ao lado dos ministros oficiais durante a posse dos novos presidentes de empresas estatais. Ficou na primeira fila, à frente do titular interino do Planejamento, Dyogo Oliveira, que precisou se acomodar na segunda fileira.
Segundo os líderes partidários consultados pelo jornal, Jucá é o principal articulador político de Temer e não conseguirá emplacar projetos governamentais no Congresso se não atuar com poderes de ministro.
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