Investigação interna feita pela Federação Internacional de Futebol (Fifa) divulgada hoje (3) informa ter encontrado evidências de violações cometidas pelo ex-presidente da entidade, Joseph Blatter, e pelos ex-secretários gerais Jérôme Valcke e Markus Kattner. Este último foi também diretor financeiro da federação. Segundo a Fifa, por meio de aumentos salariais, bônus e incentivos, os três enriqueceram em mais de 79 milhões de francos suíços (R$ 286 milhões) em cinco anos
Por meio de nota, a Fifa informou que os resultados são ainda preliminares. De acordo com um dos investigadores do caso, Quinn Emanuel, foram aprovadas alterações contratuais problemáticas em favor de Blatter, Kattner e Valcke. “Estas alterações resultaram em pagamentos maciços, no valor de dezenas de milhões de dólares, para os ex-funcionários na forma de salários e bônus entre os anos de 2011 e 2015”, disse Emanuel, por meio de nota.
Enriquecimento
Segundo ele, há documentos e provas revelando “um esforço coordenado por três ex-altos funcionários da Fifa para enriquecer através de aumentos anuais de salário e bônus da Copa do Mundo, bem como o pagamento de indenizações indevidas.” Em apenas uma das operações citadas pelos investigadores, os três teriam recebido, em 2010, US$ 23 milhões em bônus especiais para a Copa daquele ano, realizada na África do Sul. De acordo com a nota da Fifa, foram atribuídos efeitos retroativos a estes prêmios quatro meses após a conclusão da Copa, “aparentemente, sem uma cláusula contratual subjacente estipulando tais bônus”.
Em outubro de 2011, Valcke e Kattner foram premiados novamente com um combinado de US$ 14 milhões em bônus para a Copa do Mundo 2014, e em junho de 2014, receberam outros US$ 15,5 milhões em bônus para a Copa do mundo de 2018, na Rússia.
Deixe um comentário