Qual o lugar das comunidades terapêuticas no tratamento de dependente de drogas no Brasil? No dia 25 de junho, às 10h, debate na Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) irá discutir o papel de estabelecimentos não especializados no tratamento da dependência química. O evento será realizado no Anfiteatro Brasil Tufik, na rua Napoleão de Barros, 899, na Vila Clementino, em São Paulo. As inscrições podem ser feitas aqui.
Entre os convidados estão Ilana Mountian, do Conselho Regional de Psicologia de São Paulo, Luiz Carlos Rossini, presidente do CONED (Conselho Estadual de Política sobre Drogas). Quem irá intermediar o debate é Maurício Fiore, da Plataforma Brasileira de Política de Drogas/CEBRAP.
O evento faz parte do ciclo de palestras ABRAMD (Associação Brasileira Multidisciplinar de Estudos sobre Drogas). A UDED (Unidade de Dependência de Drogas) e o PROAD (Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes), serviços ligados ao Departamento de Psiquiatria da Unifesp, também são coordenadores do evento.
O que são comunidades terapêuticas?
Desenvolvidas para terem um papel educativo, focadas na inclusão e no desenvolvimento de novos relacionamentos e novos modos de vida, as comunidades terapêuticas ganharam notoriedade no tratamento da dependência de álcool e drogas a partir dos anos 1950. Uma comunidade notória dentro dessa abordagem são os Alcoólicos Anônimos, mas há diversos tipos.
A eficácia desses grupos já foi alvo de críticas e ainda está sujeita a debates. Algumas se desenvolveram de forma precária. Há questionamentos também sobre a falta de profissionais mais especializados. Estudos, no entanto, apontaram que há vantagens em relação ao placebo.
Questões no Brasil e desrespeito a direitos humanos
Um relatório de 2011 feito pelo Conselho Federal de Psicologia mostrou que há violações de direitos humanos em algumas comunidades terapêuticas pelo País. Violência física, castigos, exposição a situações de humilhação, imposição de credo, exigência prévia de exames clínicos como teste de HIV, intimidações, desrespeito à orientação sexual e revista vexatória de familiares foram algumas das questões relatadas.
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